Boato: Brasil não vai receber navios com
refugiados muçulmanos
Informação falsa ainda dizia que uma nova
cidade seria construída
Um boato está correndo as
mídias sociais e as correntes de WhatsApp, que consiste em afirmar que a partir
de julho navios estariam vindo do continente europeu com quase 2 milhões de
refugiados em direção ao Brasil e que, no destino, construiriam uma cidade
próxima à Região Metropolitana de Goiânia, em Goiás.
Mas,
de acordo com notas do Ministério de Relações Exteriores, a Agência da
Organização das Nações Unidas para Refugiados (Acnur) e o Governo do Estado de
Goiás, a informação circulada é falsa e não possui fundamento.
A
falsa notícia é compartilhada principalmente por opositores e grupos contrários
à Lei de Migração, que é responsável por determinar diretrizes para a entrada e
saída de estrangeiros no Brasil.
O governo de Goiás, por
sua vez, emitiu uma nota. “Acerca da fantasiosa construção de cidade para
‘abrigar muçulmanos’, o governo de Goiás vem observar que, como é público e
notório, existe um movimento emigratório, em diversas partes do mundo, com
reflexos ao redor do planeta”.
“O
Brasil acolhe esses cidadãos, segundo critérios definidos pelo Ministério da
Justiça. Uma vez autorizados a entrar, esses cidadãos definem livremente onde
se instalar. Da mesma forma, o governo de Goiás acolhe esses cidadãos,
procurando proporcionar-lhes condições de vida e trabalho dignas”.
“Entretanto,
é complemente falsa e fantasiosa a informação de que está em construção no
estado, em Anápolis ou em qualquer outra localidade uma cidade para acolher
‘emigrantes muçulmanos’. O governo de Goiás lamenta a propagação deste boato,
porque respeita e reconhece todos os povos e credos religiosos e condena
veementemente a xenofobia, a discriminação e o preconceito”.
“De
qualquer forma, o critério de acolhimento não é a orientação religiosa, mas a
nacionalidade. Diante disso, o governo de Goiás reitera que é completamente
falsa a informação de construção de bairro, colônia ou cidade destinada a
abrigar refugiados”, concluem. Com
informações G1
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